sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pablo abriu o livro

Pablo jogou forte nesta sua vinda à Moita passados 10 anos.

É, até agora, o maior triunfador da feira e desta vez utilizou recursos que não lhe são habituais em Portugal como o seu cavalo de último tércio Pirata (na foto) para as bandarilhas curtas e a sorte do telefone. Teve a sorte da corrida porque lhe saiu o touro mais bravo dos Passanhas que no geral foram ensonsos como já se esperava. Aproveitou bem e ganhou mercado em Portugal onde já se sabe que Ventura não deseja tourear no próximo ano.

O mais destacado desta corrida foi a falta de público. Meia casa forte na Moita com a presença de Pablo tem que fazer meditar os empresários mais influentes de Portugal. Ainda não há muito tempo, bastava anunciar Pablo ou Ventura para a corrida esgotar fosse aonde fosse. Não interessavam os companheiros de cartel, a qualidade da praça e muito menos os touros. Este ano parece que as pessoas já começaram a abrir os olhos: a Moita ontem registou meia casa forte tal como Portalegre na última aparição de Ventura. Santarém também não encheu este ano tal como Coruche ou Setúbal.

Pelo contrário a montagem de cartéis de qualidade e competitividade em Vila Franca, Montemor, Nazaré, Figueira da Foz e Lisboa fez com que essas corridas registassem grandes enchentes sem precisarem dos nomes das figuras espanholas.

Pablo, Ventura, Moura, Rouxinol, António Telles e Rui Fernandes são as figuras que levam mais pessoas às praças de touros fruto da sua qualidade e das suas quadras. É com estes que se têm que montar cartéis competitivos inserindo jovens que queiram verdadeiramente arrimar-se e arriscar. Não se pode descuidar o elemento principal da festa que é o touro e que tem que ser variado em encastes de corrida para corrida para não se cair num espectáculo monótono.

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