quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pablo Hermoso critica APSL


Pablo efectuou algumas declarações acerca de Cagancho, o cavalo mais importante de sempre da sua cuadra e que o rejoneador conserva ainda hoje com 26 anos para padrear na sua coodelaria.


"É uma pena que a Associação de cavalo lusitano não permita a introdução de Cagancho no seu livro genealógico. Depois de ter aceitado vários cavalos de sangue espanhola que trouxeram tão boas coisas à raça e de ter feito um trabalho magnífico nesse sentido, fiz um pedido especial para o Cagancho. Verificaram através do sangue que era filho do Nilo (Lusitano de Manuel Veiga) mas a mãe tinha sido vendida para Itália e apesar de ser do ferro Manuel Braga e de toda a gente a conhecer não o quiseram registar. Penso que seria bom para a raça porque exemplar tão reconhecido como ele na tauromaquia nunca houve."

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Cartel sem interesse nenhum


Prevejo mais um petardazo para a próxima corrida no Campo Pequeno. Mais uma vez, Rui Bento insiste numa corrida mista com 7 toiros, o que por si só já é o garante de uma situação negativa que é a obrigatoriedade de uma lide a duo. Outro aspecto negativo é o facto de os touros a serem corridos a pé serem de uma ganadaria cómoda para os toureiros o que tem sido sempre hábito nas corridas a pé no CP.

Com a crise que atravessamos, é suposto haver cartéis de alto interesse na primeira praça do país, onde o touro tem que ser Rei e onde não pode faltar a emoção, a verdade e a novidade. Além disso, os cartéis têm obrigação de ser diferentes do que se vê por esse país fora e claramente aqui não é o caso. Lídes a duo dos Bastinhas não é novidade nem leva público às praças, António Ferrera também já não é novidade no Campo Pequeno e este formato de corrida mista tem sido um fracasso. Fandiño, depois do êxito de Madrid, pode ser o único aliciante desta corrida.

Em suma, na minha opinião, os intervenientes são bons mas a montagem do cartel é um fracasso logo à partida.

Reparem se o cartel fosse uma destas hipóteses (utilizando os intervenientes desta corrida):
1. Corrida de Jovens triunfadores - Telles Jr, Bastinhas Jr e Duarte Pinto
2. Corrida das Bandarilhas - Bastinhas, Ferrera e Procuna.
3. Corrida de triunfadores de Madrid - Moura Jr, Francisco Palha e Fandiño

Outras possibilidades:
- Uma corrida a pé com touros de Rio Frio, Pinto Barreiros, Oliveira Irmãos, Fernando Palha, Murteira Grave...
- Uma disputa entre um matador consagrado (Vítor Mendes, Ponde, El Juli, Talavante, Manzanares, Morante, etc), um jovem português (Casquinha, Ferreira, Parrita...) e um jovem Espanhol (Gomes del Pilar, David Mora, Fandiño...)
-Uma corrida mano a mano com toureiros de meia geração ibéricos (Rui Fernandes com Andy Cartagena, Sérgio Galan com Moura Caetano) ou com jovens consagrados (Leonardo Hernandez com Moura Jr por exemplo).
- Uma corrida de gala à antiga Portuguesa 100% nacional com touros de casta portuguesa (Fernando Palha, Vale Sorraia, Vaz Monteiro...) e toureiros de dinastia (Telles, Salgueiros, Caetanos, Pinto, Mouras...)

Hipóteses de cartéis interessantes não faltam. À consideração do Campo Pequeno e das restantes praças de importância em Portugal.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Declarações de Manuel Molés


"Há algo gravíssimo. Estão a desaparecer dezenas e dezenas de ganadarias que davam variedade, riqueza, pluralidade e futuro à festa e que vamos sentir falta nos próximos anos. A quantidade de toros que morrem nos matadouros é assustadora. Matamos encastes, matamos futuro e matamos riqueza. É uma loucura e uma insensatez. Seguindo este caminho, dentro de 4 anos não haverá touros para Madrid, Bilbau, Pamplona, Sevilha... As figuras só querem 4 ferros e há dezenas de ganadarias boas que ou lidam em festejos menores, ou cartéis pobres ou vão para o matadouro. E no fim não há dinheiro. Urge que as principais empresas elaborem um plano de salvação para essas ganadarias que lhes garantam compras para os próximos anos. Têm que se sacar novidades e toureiros para o futuro. A crise vai levar metade dos festejos este ano e é preciso mais preocupação com o touro, com a emoção e com a competência."

Estas declarações do maior crítico taurino espanhol dão que pensar e apontam para problemas que todos os verdadeiros aficionados conhecem mas que algumas empresas ignoram. O desaparecimento de ganadarias importantes também está em causa em Portugal e é importante ter isso em conta. As principais empresas têm que ter isto em conta.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Fim-de-semana positivo

Em Espanha Moura Jr e Rui Fernandes brilharam à moda do rejoneio. Vi o resumo das actuações de Moura Jr em Las Ventas e aquilo para mim não é toureio a cavalo de maneira nenhuma. Os touros, muito volumosos, não dão uma corrida em galope franco a apertar o ginete e o seu cavalo. A lide é toda ela feita em câmara lenta sem qualquer risco e emoção. A verdade é que é importante haver toureiros portugueses lá fora a brilhar e a ganhar dinheiro porque isto por cá não anda famoso.

Estive ontem em Santarém a ver uma óptima corrida. Os touros difíceis de Ernesto Castro tinham peso e volume díspares, logo saíram algo desiguais.

António Telles esteve correcto no seu primeiro touro, um animal muito pesado que António recebeu à porta gaiola e fantástico no seu segundo. O quarto toiro era um animal difícil mas António soube lida-lo na perfeição com o Rondeño. Ficou-me na retina um ferro a sesgo junto ao sector 3 de enorme qualidade com remate pelas tábuas.

João Telles Jr esteve muito bem no seu primeiro touro a arriscar ferros de muita emoção. No seu segundo tentou tudo o que podia mas o touro tinha muito pouca investida e o cavaleiro teve que lhe deixar a ferragem muitas vezes a silhas passadas por culpa do astado.

Duarte Pinto teve no seu primeiro touro uma actuação triste. Os ferros foram todos colocados à tira sem grande brilhantismo. O último touro da corrida foi cumbre. O cavaleiro sacou da sua melhor montada e meteu ferros de tirar a respiração sempre a ir de frente como mandam as regras. Foi o melhor touro que vi esta temporada e uma excelente lide do jovem cavaleiro Duarte Pinto. O público aplaudiu fortemente o touro obrigando a fechar as portas dos curros e a dar a volta ao Castro. O ganadeiro deu apoteótica volta com o forcado e cavaleiro.

Os forcados de Santarém tiveram uma tarde brilhante perante um curro muito muito sério de touros difíceis devido ao seu volume. Foi uma corrida só ao alcance de alguns grupos de forcados do melhor que há em Portugal.

Nota: Se nuestros hermanos vissem uma corrida destas deixavam os nhoc-nhoc e os rojoes de castigo de lado e começavam a lidar os touros inteiros.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Carteis definitivos de Pamplona

Presenças portuguesas em Pamplona = ZERO!

Jueves, 5 de julio: Novillos de El Parralejo para Gómez del Pilar, Román y Gonzalo Caballero.

Viernes, 6 de julio: Toros de San Mateo para Hermoso de Mendoza, Sergio Galán y Roberto Armendáriz.

Sábado, 7 de julio: Toros de Dolores Aguirre para Antonio Ferrera, Eduardo Gallo y Joselillo.

Domingo, 8 de julio: Toros de Miura para Rafaelillo, Fernandoo Robleño y Javier Castaño.

Lunes, 9 de julio: Toros de Cebada Gago para Francisco Marco, Morenito de Aranda y Antonio Nazaré.

Martes, 10 de julio: Toros de El Pilar para Matías Tejela, Iván Fandiño y David Mora.

Miércoles, 11 de julio: Toros de Fuente Ymbro para César Jiménez, Rubén Pinar y Jiménez Fortes.

Jueves, 12 de julio: Toros de Victoriano del Río para Juan Mora, El Juli y Castella.

Viernes, 13 de julio: Toros de Juan Pedro Domecq para El Fandi, Miguel Ángel Perera y Alejandro Talavante.

Sábado, 14 de julio: Toros de Torrehandilla y Torrehebreros para Juan José Padilla, El Juli y Daniel Luque.