mais uma corrida aborrecida de Rejoneo, à imagem daquilo que foram as corridas de Valência e Sevilha. É difícil explicar que uma corrida onde se cortaram 5 orelhas seja uma má corrida mas isso é, hoje em dia, muito comum em Espanha onde a concessão das orelhas se deve à entrega que os rejoneadores fazem às lides e não propriamente ao mérito das mesmas. Las Ventas é a praça onde a bitola é mais elevada mas mesmo assim, no que toca ás corridas de Rejoneo, cortam-se orelhas por tudo e por nada.
Leonardo Hernandez mostrou a sua valia ao cortar 3 orelhas aos touros descastados e mansos de Luís Terrón ontem em Las Ventas. Leonardo fez duas lides boas, de grande verdade e chegando bastante ao público que compôs 3/4 de praça e no fim teve uma saída meritória pela Porta Grande.
Rui Fernandes e Andy Cartagena cortaram uma orelha cada um ao 4º e 5º da tarde respectivamente.
A corrida foi aborrecida (como são quase todas as corridas de rejoneo) devido à pouca mobilidade dos touros. É impressionante que sendo Portugal a pátria do toureio a cavalo não se pratique o hábito, em terras de nuestros hermanos, de vir buscar touros ao nosso país para este tipo de espectáculos.
Compreende-se esta situação apenas pelo complô que existe entre os rejoneadores em quererem o gado Murube, por este ser mais confortável e permitir cortar um maior número de orelhas, e pelo desconhecimento do público daquilo que são os cânones do bom toureio a cavalo.
Ontem assistiu-se mais uma vez à pouca preocupação que existe no cite e na colocação do ferro de frente e entrando pelos terrenos do touro. Em detrimento disto temos muitas bandarilhas colocadas em toureio redondo e com o touro parado e os rojões de castigo colocados sem cite, com tiras mal executadas, com o touro colocado de lado e quase sempre a silhas passadas.
Em Portugal venha de lá o toureio a cavalo e em Espanha venha de lá o bom toureio a pé que é nisso que eles são bons.
Há 15 anos
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