António Telles e Diego Ventura apresentaram-se na monumental do Montijo para dar a alternativa a Francisco Palha.
A primeira lide da noite pertenceu assim ao alternante que recebeu o ferro de António Telles tendo como testemunha Diego Ventura. A lide saiu bastante boa apesar do touro se adiantar muito nas reuniões dos ferros compridos. A série de curtos foi agradavel e Francisco escutou música e deu volta. O pior viria no seu segundo touro, o último da corrida, Francisco Palha mostrou bastante confusão na definição da sua lide. Um toureiro que sempre toureou de frente tentou impor um estilo misto entre Moura e Ventura e não deu resultado. No entanto há que dar tempo e louvar que Francisco Palha tente variar e adaptar as suas lides aos touros que, ao longo da sua vida lhe caberão em sorte. Nota-se que Francisco não está no mundo dos touros para ser apenas mais um, mas sim para fazer a diferença.
António Telles teve uma primeira lide desajeitada em que deixou apanhar o cavalo de saida inúmeras vezes. Nos curtos também não esteve bem no Santarém. Atacou sempre primeiro que o touro e quando este chegava a arrancar para o cavalo já António tinha passado. No seu segundo tudo foi diferente e principalmente com o Rondeño esteve exemplar metendo vários curtos ao estribo e com uma colocação exemplar.
Diego Ventura veio ao Montijo para triunfar e foi o que conseguiu fazer no seu primeiro touro. Recebeu o touro muito bem e depois nos curtos com Nazari esteve fraco na colocação dos ferros (sempre feita em redondo e nunca de frente) mas soberbo nos adornos, principalmente a ladear. Depois vieram as bandarilhas com o Morante e o número de morder o touro e a praça reagiu com uma forte ovação. No segundo touro, apesar de Ventura não ter conseguido transmitir tanto à praça como no seu primeiro, foram aí que se viveram os melhores momentos de toureio logo de saída com o Cheke a rodar na cara do touro e nas últimas três bandarilhas curtas com o Distinto que é na actualidade o melhor cavalo a fazer quiebros na cara dos touros.
O curro de Passanha saiu bom na generalidade (melhor que em Santarém e em Lisboa) com especial destaque para o último touro. O facto de os touros serem menos pesados que o habitual ajudou na sua mobilidade sem ter afectado a sua excelente apresentação.
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